segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Bumba meu boi em cordel

Bumba meu boi em cordel (Tia Bringel)

A lenda do bumba-meu-boi surgiu
Em uma fazenda nas margens de um rio
Catirina  estava grávida
A língua do boi desejava
Ao pai Francisco encantava
Seu marido fez de tudo
E disse que o boi do patrão não matava.

Mas Catirina  só desejava comer a língua do boi
E assim por algum tempo se foi
Depois Francisco cozinhou a língua para sua amada
Que andava desenganada
O resto do boi com os vizinhos compartilhou
Depois seu patrão muito desconfiou

Mandou procurar seu boi mais bonito
Que pagou muito caro
Pois mandou trazer do Egito
Um dos empregados da fazenda
Que não ganhou um pedaço de carne
Acabou contando a pendenga

Descobriu que foi Francisco
Que faz a tal crueldade
Pois matou o bicho bonito
Para mata o desejo e a ansiedade
De sua querida esposa Catirina
Que o primeiro filho lhe dava com bondade.

O fazendeiro muito triste caiu em prantos
Francisco e Catirina fugiram pra outros cantos
O patrão só queria o seu boi de volta
Mesmo  que o boi  tivesse que ressuscitar
Convocou todas as rezadeiras e curandeiras
Para fazerem de tudo para o boi retornar
Mas o rabo, chifre e esqueleto do boi
Permaneceiam no mesmo lugar.

A morte do boi se espalhou até a cidade
Catarina e pai Francisco se arrependeram da crueldade
E o filho que já estava um rapaz
Pediu aos pais que voltassem atrás
E o levassem até a fazenda
Para contar a verdade
Ainda com medo de algum castigo
O filho pegou o rabo do boi e soprou o esqueleto
E o boi voltou a viver sem perigo.

O boi saiu chifrando todos que estavam à frente
O fazendeiro todo contente
Não se aguentava de tanta alegria
Perdoou  Catarina e Francisco e alegrou muita gente

Daí em diante só festa e cantoria

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